Morro de saudade dos seus olhos azuis. “São, cinza”, você sempre respondia, “olho de gente velha”. Eeu nunca sabia se era tristeza ou alguma daquelas (suas) brincadeiras de fingir estar pra baixo, quando você sorria de canto de boca.
Tem dias que lembro daquela noite e me arrependo de tudo o que deveria ter feito e não fiz, tem dias — quando fico um pouco alto — que apenas dou risada.
Sabe o mais engraçado? Quando a notícia chegou eu não chorei de imediato. Fiquei apenas surpreso. Tá, um pouco em choque também.
E quem não ficaria sabendo assim… Na lata?
A notícia chegou a mim sem nenhum tipo de filtro ou preparo. Todo mundo achava que a gente só se conhecia de vista, de se bater por aí pelas ruas tortas de Salvador.
Será que mais alguém sabia da gente? Para quem você contou? Para quem foi? Duvido que mais ninguém saiba das nossas noites e madrugadas.
Ficou mesmo só entre a gente aquele convite que você me fez? Aquele que eu só descobri que era um encontro, ou date como falam, depois que você me beijou.
Juro que achei que você queria mesmo saber de *blogs. Sabe, eu sempre fui assim. Devagar.
O mais foda é que agora eu penso o quanto a gente poderia ter se divertido nessa vida.
Fica para uma próxima.
Ainda estou por aqui, vagando por esse mundo com tantos desencontros e tantas surpresas. Sem você, é verdade.
O pior é que não contei pra ninguém ainda a falta que você me faz.
📆 Originalmente escrito no dia 04 de Agosto de 2023.